Quem você seria se não estivesse sempre salvando alguém?

Quem sou eu sem esse papel de “salvador”?

Muitos codependentes passam a vida inteira acreditando que sua missão é salvar os outros. Sempre prontos a apagar incêndios, resolver problemas e segurar a dor de quem amam, acabam esquecendo a pergunta mais importante: "Quem sou eu se não ajudar?"

A verdade é que, na codependência, o ato de cuidar do outro muitas vezes se torna uma forma de fugir de si mesmo. Enquanto se preocupa com a recaída do parceiro, com a destruição de um filho ou com o caos de um amigo, o codependente deixa de olhar para suas próprias feridas. Vive em função da dor alheia, mas continua preso na sua!

Identidade perdida

Quando tudo gira em torno do outro, a própria identidade se dilui. O propósito deixa de ser pessoal e passa a ser carregado no peso da vida do dependente. É aí que nasce o autoabandono, aquele vazio silencioso que pergunta: “E eu, onde estou nessa história?”

O resgate começa em você
Assim como o adicto precisa de ajuda para sair do ciclo da compulsão, o codependente também precisa aprender a quebrar o ciclo do controle e da “salvação”. O resgate verdadeiro não está em mudar o outro, mas em reencontrar a si mesmo.

Isso significa aprender a dizer não, colocar limites saudáveis e entender que o amor não é sinônimo de se anular. Cuidar de si não é egoísmo, é responsabilidade.

A ajuda certa

Existem caminhos de libertação para a codependência:

• Grupos de apoio, onde você descobre que não está sozinho.

• Terapias e acompanhamento profissional, que ajudam a curar a raiz emocional.

• Espiritualidade e fé, que devolvem sentido, força e esperança.

O processo não é fácil, mas é transformador. Cada passo em direção ao autocuidado é também um passo em direção ao amor verdadeiro — aquele que liberta em vez de aprisionar.

Não adianta viver tentando salvar o outro se você mesmo está se afogando.

O maior ato de amor que você pode oferecer é o exemplo de sua própria recuperação.

Se você se identifica com isso, saiba que eu posso ajudar você a encontrar o caminho — através de grupos de apoio, terapias e clínicas que acolhem tanto o dependente quanto o codependente.